INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO PROCESSO DE COMINUIÇÃO DA PELOTIZAÇÃO: SUBSTITUIÇÃO DA MOAGEM A ÚMIDO POR MULTIPRENSAGEM A UMIDADE NATURAL

Nome: IGOR QUARESMA VIANNA
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 03/09/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CARLA CESAR MARTINS CUNHA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARLA CESAR MARTINS CUNHA Orientador
EDNILSON SILVA FELIPE Examinador Interno
MAYCON ATHAYDE Examinador Externo

Resumo: O processo de pelotização das usinas de pelotização da Vale S.A. é composto por diferentes operações unitárias, dentre elas, a cominuição, ou fragmentação, das partículas de minério de ferro, realizada tradicionalmente por moinhos de bolas a úmido, conhecidos por apresentarem baixa eficiência energética, e a prensa de rolos de alta pressão (HPGR, do inglês high pressure grinding roll), comumente associada a equipamentos de maior eficiência de fragmentação. Em virtude da operação de uma moagem a úmido, operações de desaguagem como espessamento e filtragem são necessárias para adequar a umidade das partículas para o processo de aglomeração. O desenvolvimento de rotas de cominuição à umidade natural são capazes de simplificar o processo de pelotização, promovendo oportunidades de ganhos como redução de gastos operacionais, ganhos ambientais e redução de riscos associados
ao bombeamento e ao transporte de polpas. O presente trabalho analisou em escala piloto a substituição da rota tradicional pela rota realizada por múltiplas prensagens, avaliando seu potencial de aplicação nas Usinas 1 e 2 da Vale S.A. na Unidade Industrial Tubarão, em Vitória, ES. Os resultados da nova rota demonstraram uma diminuição de 53% dos gastos operacionais, benefícios ambientais com a redução anual de 457.250 l de água, o que representa a eliminação do consumo de água nova no processo de cominuição, 89.292 l de óleo lubrificante, 6.480 kg de graxa mineral e 29.760 MWh de energia elétrica, equivalentes a 98,4, 66,7 e 18,3% de redução, respectivamente. As pelotas queimadas da nova rota apresentaram boa resistência à compressão e pequeno aumento da abrasão, demonstrando viabilidade quanto à qualidade física destas. Por outro lado, houve pequena perda de qualidade metalúrgica (menor metalização e redutibilidade) que pode estar associada a uma menor umidade das pelotas cruas (necessária para formação das pelotas da nova rota) e maior degradação após redução, tópico este que pode ser endereçado com maior grau de aprofundamento em estudos futuros, de modo a elevar a confiabilidade e atratividade desta nova rota de cominuição.

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